Ano que vem vão ser 5.
É, meus dois fiéis leitores. Mal eu voltei a escrever neste blog e já venho fazer jabá de novo. Na verdade eu vou comentar sobre um evento que já passou, mas ao mesmo tempo é um jabá da companhia de teatro Kómus (uma companhia amadora que leva tanto fumo quanto uma companhia profissional). Para quem não sabe, neste último sábado realizou-se o 4º Sarau Cultural no Campus de Humanas da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Apesar de não ser um evento exclusivamente teatral, vou falar só das peças porque foram o ápice do evento. Lógico que isso não tem nada a ver com o fato deu ter chegado atrasado e não ter prestigiado o resto das apresentações, não, nada disso…
Homenagem a um grande comedor de criancinhas
“American Life” do Cenas Obscenas faz uma paródia bem humorada dos filmes “teen” norte-americanos. Imagine um cruzamento de “High School Music” com “Não é mais um besteirol americano” feito por atores brazucas (brazucas esses representados por um estudante de intercâmbio. Desses que pedem ajuda pro Ashton Kutcher para tirar o presidente do Senado)
Mexeu com você? Nem ligo!
Já “Contos Desencantados” é uma ida dos personagens de “Deu a louca na Chapeuzinho” (fora outros habitués dos contos de foada como Príncipe, Bela Adormecida, Branca de Neve…)ao programa da Márcia Goldsmith. Mais “freak” que isso só o fato da “Márcia” da peça ter as pernas cabeludas, atender pelo nome de Johnnes e ter um caso com o diretor do programa (Nada a ver com a realidade, diga-se de passagem. Pelo menos com relação a Márcia se chamar Johnnes). Destaque para a performance de Johnnes de salto alto que lhe rendeu uma oportunidade de estudar teatro (ouvi dizer que para entrar na Globo não basta saber andar de salto alto. Saber sentar também é muito útil).
Ai gente! Não é fofoca...
Eis que chega o momento que todos esperavam (Não, definitivamente não era a hora de ir embora): A participação da Kómus no Sarau. Começou com um aperitivo de maracujá de gaveta e uva passa: “As Maricotas”, 3 velhotas viúvas que atendem também pela alcunha de “Rede Globo”, pois sabem de tudo que se passa ao seu redor, embora as próprias afirmassem que “Ai, mas não é fofoca…” A Folha de S. Paulo pensa seriamente em demitir a Renata Lo Prete e contratar uma das velhas a fim de renovar o jornal.
Em seguida vem “O selo da preguiça”.Pra quem esperava só aquela mesma fuleragem de sempre, uma
Vamos fazer uma privatizaçãozinha ali atrás da moita?
surpresa logo no início: Uma abertura musical (Sim. alguns de nós cantam e tocam também) seguida de uma trama que tem muito em comum com nosso povo: Um homem muito poderoso que quer, a qualquer custo tirar do pobre, preguiçoso porém com muito talento, a única coisa que ele tem de valor (sua linda esposa). Mais ou menos o que o PSDemB quer fazer conosco e com a Petrobras.
Filhos do Seu Laércio: Se fosse um modelito do Hercovitch você iria querer um também
Todo os personagens merecem destaque nessa peça: Leidiane como a velha alcoviteira, que faz de tudo para que a mulher do pobre ceda ao rico, usando-se até de um falso discurso marxista (outra que vai trabalhar na Folha). Geisa como a própria mulher do pobre, boa de corpo e de alma (embora a gente só preste atenção no corpo). Zé, o pobre preguiçoso que deveria trabalhar no serviço público (capaz de virar o funcionário do mês lá). Marcão e Douglas como os cabras-machos filhos da velha (O primeiro macho duas vezes, porque também faz o papel do Seu Laércio, rico e maaaaaaachooo…). Mauro como um advogado formado pela Unixibiu (Uni-qualquer-coisa) e os filhos do Seu Laércio, a Dani, fazendo uma Miriam Leitão que dança balé e um rapaz de quem eu não lembro o nome fazendo o papel do filho mimado e metrossexual que NÃO é gay.
Agradecimento também pros menestréis: Babi, Fernanda, Dan, Andreza e Cícero (caiu de verdade?) e também pra Íris, que “alumiou” nossas vidas e pra Carla que fez com que as nossas caras não borrassem. Se até a Globo tá dizendo que teatro é legal nós é que não vamos discordar. Até o 5° Sarau.
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