Qualquer gordo tem Blog

12/02/2010

Recordar é viver: Vote num careca e leve dois

Para não dizerem que não se lembram:

Escolha um careca e leve dois

Tem até em vídeo:

Não digam que não foram avisados.

EXCLUSIVO: Do blog da Tia Carmela: Por que José Serra está usando peruca?

11/02/2010

Serra escolhe Madonna como vice

Colaboração de René Amaral Jr.

Em mais uma jogada de mestre, o pré-candidato não-declarado à presidência da República José Serra indicou informalmente o nome da cantora Madonna como candidata à vice em sua chapa. Segundo ele a popstar se sentirá em casa: “Bunda-mole é o que não falta na minha equipe”.  (more…)

09/04/2009

A última tentação de Cristo

Oswaldo de Oliveira depois de ser vice com o Vasco pela 325º vez

Oswaldo de Oliveira depois de ser vice com o Vasco pela 325º vez

Toda Páscoa é a mesma coisa. Se você compra ovos de páscoa pra família inteira , acaba tendo a frustração de depois de comprar tudo, descobrir um lugar não muito longe da sua casa que vende os mesmos ovos 60% mais baratos. Se você faz ovos pra vender, tem que aturar aquela FILHA DA P*** que devolve seu ovo, dizendo que tá ruim, DEPOIS DE JÁ TER COMIDO A METADE  MAIS OS BOMBONS (e ainda enrola pra te pagar). Parece que a Páscoa é só isso e o bacalhau   da sexta-feira. Você só lembra que é uma festa cristã quando liga a TV e vê aquelas mesmas obras de sempre contando a vida de Jesus. A mais clássica é a minissérie Jesus de Nazaré, do Franco Zeffirelli, que a Record passa todo ano. Minto, agora a Record cismou com o Jesus do Mel Gibson (ou será que é o SBT. É tanto filme que eu “se confundo”). O único filme que nenhuma emissora de TV aberta tem coragem de exibir é o filme “maldito” do Scorcese que dá nome a esse post.

Também pudera, o tal filme já começa invertendo os papéis mostrando Jesus construindo uma cruz para…crucificar outros hebreus, isso mesmo (afinal de contas ele era uma carpinteiro na Judéia e as encomendas que pagavam melhor eram essas). Na real, o Jesus do Scorsese (na verdade, o Jesus do Nikos Kazatzanzki, o carque escreveu o livro que originou o filme), tinha medo de morrer na cruz. Medo como todo o ser humano. Era um Jesus fraco,  muito diferente dos “Jesuses” (inventei agora) do cinema, com a cara do Chris Cornell. A começar pelo ator que enverga sua túnica: Willem Dafoe.

Sim, o mesmo cara que fez o Duende Verde do filme do  Homem-Aranha, o terrorista de Velocidade Máxima 2, O Oswaldo de Oliveira do 1ºMundo, o Jesus mais estranho que eu já vi na vida. Magrelo e com uma falhona nos dentes da frente. E covarde. Vai no casinha da Madalena (Barbara Hershey, maravilhosa) vê ela nuazinha, “atendendo” todos os hebreus, um por um e na vez dele…nada (tem que se manter casto para cumprir a sua missão embora a renegue muitas vezes antes de se batizar com João Batista).

Depois de batizado, segue seu caminho, atraindo discípulos, falando às multidões e curando gente. Mas ao contrário das Escrituras, esse Jesus não tem aquela oratória maravilhosa e as pessoas não dão muita bola paaro que ele fala. Ele tenta organizar uma revolução contra os romanos, mas falha terrivelmente e é entregue por um Judas “com sotaque de Nova York” (Harvey Keitel, que reluta em entregá-lo e é quem mais o incentiva a prosseguir com a sua missão). É julgado pelo David Bowie (que lava as mãos quando perguntado sobre a qualidade desse filme) e vai pra cruz (sem aquela “toainha cubrindo as partes”).

There's a Staarmaan...

There's a Staarmaan...

Aí é que tá o grande lance do filme. Aparece uma menininha catarrenta vestida de anjo e lhe diz que ele terá uma segunda chance e que poderá vivera vida como um homem normal (por falar em segunda chance, lembra de   Donnie Darko?). Aí ele casa com a Madá, faz filho nela, ela morre parindo, ele se casa com uma das irmãs do Lázaro, pega a outra, tem um monte de “fío” com as duas, vive uma vida bem mundana. Só que o fato dele não cumprir com a  sua missão acaba trazendo consequências pra Jerusalém…

Não é um filme ruim, muito pelo contrário (a parte em que Jesus tenta convencer Paulo a parar de contar para todo mundo que ele, Cristo, ressuscitou, é fantástica. Explica o espírito das religiões). A proposta é boa, o roteiristaé o mesmo de “Taxi Driver” (Paul Schrader) mas é um filme longo, um pouco cansativo e não tem cara de filme do Scorsese (ele mesmo não parece ter curtido fazer esse filme). Mas antes ver ele do que o Jesus galã do Zeffirelli ou o sofrido do Mel Gibson, durante a ceia de Páscoa tentando engolir o bacalhau horrível da sua tia.

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